Cooperativa projeta elevação

A Cooperativa Financeira Sicredi registrou alta de 51% nos recursos totais administrados pela instituição em 2010 ante 2009. O total de crédito liberado ano passado somou R$ 2,11 bilhões, volume 56% superior ao R$ 1,351 bilhão desembolsado no ano anterior. Para este ano a meta é conquistar uma elevação média de 20% entre crédito e recursos administrados. A expectativa é que os recursos totais saltem de R$ 2,29 bilhões para R$ 2,855 bilhões este ano.

O prospecção anunciada em coletiva de imprensa nesta terça-feira (12) é com base no crescimento acumulado nos últimos anos. De 2008 para 2010, a alta registrada nas operações de crédito foi de 81%, fechada em R$ 1,21 bilhão. As medidas adotadas pelo governo federal para conter a inflação, como o aumento dos juros e do Imposto sobre Operações Financeiras (IOF) não intimidam os objetivos do Sicredi porque as taxas aplicadas às cooperativas são diferentes das praticadas pelos bancos.

O superintendente João Moyses Abdalla afirma que até o momento não foram anunciadas medidas específicas para o sistema cooperativo e que por enquanto o único revés que pode ocorrer é com relação ao crédito movimentado proveniente de outras instituições financeiras.

Outras metas divulgadas para incrementar a participação do Sicredi no Estado é a intensificação da atuação em Cuiabá e Várzea Grande, o início de operações de crédito imobiliário e uma maior participação no mercado de seguros.

João Spenthof, presidente do Sicredi em Mato Grosso, afirma que a cooperativa vai migrar de um capital proveniente quase que totalmente do setor rural para mais atividades na Baixada Cuiabana. Do total das operações de crédito realizadas ano passado, 48% foram rurais, totalizando R$ 1,014 bilhão, das quais 46% foram para o custeio da produção, 33% para investimentos e o restante para a comercialização, que totalizou R$ 1,60 milhão em 2010.

O superintendente do Instituto Mato-grossense de Economia Agropecuária (Imea), Otávio Celidônio ressalta que a existência de alternativas é fundamental para a safra. "Os produtores precisam de alternativas de financiamentos, principalmente de instituições financeiras". ( Laís Costa Marques - A Gazeta).