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Cooperativas Agro: o motor da economia e da transformação social em Mato Grosso

As cooperativas são uma forma de associação entre pessoas que têm um objetivo comum e que se organizam de maneira democrática e solidária. Elas buscam promover o desenvolvimento econômico e social dos seus membros, por meio da cooperação e da participação ativa de todos. Além disso, visam a melhoria da qualidade de vida dos cooperados e da comunidade por meio da geração de renda e emprego, ocasionando sensíveis transformações em regiões distantes dos grandes centros.

Em Mato Grosso, o ramo Agropecuário é um dos maiores motores dessas transformações, pois possui a maior quantidade de cooperativas dentre os ramos do cooperativismo. São 67 distribuídas em três segmentos, que são agrofamiliar (12), agrolácteo (9) e agronegócio (46). Elas contribuem para a produção de alimentos, exportações brasileiras, geração de empregos, arrecadação de tributos, entre outros.

Em 2022, as cooperativas do ramo Agropecuário empregaram 3,43 mil pessoas no estado, sendo que em alguns municípios, elas são as principais demandantes de mão de obra, como é caso das indústrias de laticínios nas regiões oeste e norte, bem como das usinas de etanol de milho e de cana-de-açúcar nas regiões médio-norte e oeste. Além disso, geraram mais de R$ 2,8 bilhões em arrecadação de tributos federais, estaduais e municipais no mesmo período.

As cooperativas agro familiares e agro lácteas são fundamentais para o abastecimento regional, uma vez que produzem frutas (abacaxi, maracujá e melancia), vegetais (mandioca e batata-doce), diversos tipos de verduras, leite e derivados, bem como criam animais como aves, carneiros, bovinos de leite e de corte.

De acordo com o Diagnóstico Socioeconômico das Cooperativas Agropecuárias, as oito cooperativas de leite do segmento agrolácteo captaram 131,51 milhões de litros de leite em 2021, o que representou 29,70% da captação do estado, que foi de 442,78 milhões de litros no mesmo período. Já com relação às 12 cooperativas agrofamiliares, elas produziram 3,04 milhões de litros de leite, mais de 175 mil abacaxis, 200 toneladas de maracujá, 90 toneladas de mandioca e 45 toneladas de batata-doce em 2021.

A maioria dos produtores dos segmentos agrofamiliar e agrolácteo são da agricultura familiar e estão inseridos em assentamentos rurais, sendo, portanto, produtores de pequena escala com área produtiva de até 100 hectares. Isso demonstra a necessidade de se organizarem conjuntamente a fim de se tornarem mais competitivos no mercado.

A cooperativa é fundamental para os cooperados desses segmentos, visto que, por meio dela, conseguem pleitear melhores preços e garantir a venda da produção com compradores específicos, principalmente com prefeituras e órgãos municipais. Dados mostram que as cooperativas agrofamiliares conseguiram negociar o preço de sua produção de hortifruti 40% acima da cotação do mercado. No caso do leite, o preço negociado pela cooperativa foi 4,75% superior ao de mercado.

Com relação as cooperativas do segmento agronegócio, sua produção está focada nas culturas de soja, milho, algodão em caroço e cana-de-açúcar, sendo responsáveis por 12,9 milhões de t, 12,3 mi de t, 2,3 mi t e 3,4 mi t, respectivamente, na safra 20/21. Nesse sentido, a representatividade delas foi de 32,24% para a soja, 31,88% para o milho, 57,06% para o algodão em caroço e 17,57% para a cana-de-açúcar sobre a produção mato-grossense.

No mercado interno, as indústrias têxteis, de ração animal e as usinas de biocombustíveis utilizam essas commodities como matéria-prima nos seus processos industriais, ao passo que no mercado externo, as tradings exportam esses produtos, o que gera divisas para a balança comercial brasileira.

Além disso, as cooperativas do agronegócio também contribuem para a produção de alimentos que abastecem as cerealistas da região, visto que na safra 20/21, elas produziram: arroz (6,2 mil t – 1,59% da produção estadual), feijão (91 mil t – 25,61% da produção de Mato Grosso) e milho pipoca (12 mil t – 5,27% da produção do estado), que posteriormente são escoados para o consumidor final.

Com esses números superlativos de produção, as 67 cooperativas agropecuárias geraram um Valor Bruto da Produção (VBP) de R$ 44,3 bilhões – considerando as culturas de algodão, arroz, cana-de-açúcar, feijão, leite, milho e soja –, o que representou 39,97% do VBP de Mato Grosso. Portanto, elas são responsáveis por quase um terço da produção de grãos e de leite e por mais da metade da produção de algodão em caroço. São números como estes que não deixam dúvidas: as cooperativas são um grande motor da economia e da transformação social em Mato Grosso.  

  Equipe Técnica do Sistema OCB/MT

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