Cooperativismo em propostas de governo

Cooperativismo em propostas de governo

 

7 de outubro, dia da eleição em primeiro turno, está cada vez mais próximo. Momento em que os eleitores brasileiros irão escolher os próximos quatro anos, votando para presidente e governador (podendo haver segundo turno) e para a escolha de 513 novos deputados federais, 1059 deputados estaduais (nos 26 estados e Distrito Federal) e 54 senadores (dois terços da Casa).

E nesse pleito todos ficam de olho nos candidatos a presidente da República, ainda mais nesse momento conturbado e que o Brasil precisa logo de crescimento econômico e geração de emprego.

Mas o que os candidatos falam sobre o cooperativismo em suas propostas? Se é que citam! O cooperativismo hoje pode ser uma importante ferramenta para amenizar os efeitos da crise, seja na área urbana ou rural.

O portal EasyCOOP foi conferir as propostas de governos dos 13 candidatos à presidência e constatamos que são poucos os que falam do cooperativismo em seus programas. Veja quem cita o cooperativismo.

Quem fala

A proposta com mais citações ao cooperativismo é do Partido dos Trabalhadores (PT), que após a decisão do TSE conforme lei a ficha limpa, tirar o ex-presidente Lula do pleito, o partido tem que apresentar uma nova chapa, que será Fernando Haddad como candidato e Manuela D’Ávila como vice.

Na proposta o cooperativismo é apresentado como solução para o crédito para os pequenos produtores, utilizando as cooperativas de crédito para o fortalecimento da agricultura familiar e no empreendedorismo. Além do crédito, a proposto do PT é o único que fala sobre as cooperativas de reciclagem para o desenvolvimento da coleta seletiva.

Outra proposta que tem o cooperativismo presente é do candidato do PSOL, Guilherme Boulos. No documento o cooperativismo é ferramenta para que a reforma agrária no país seja realizada e também apresenta o cooperativismo habitacional com solução para a diminuição do déficit habitacional do país que hoje é de 7,7 milhões de moradias.

No mesmo caminho do Boulos ao citar reforma agrária, o candidato do PPL, João Goulart Filho, cita o cooperativismo como ferramenta para que a reforma agrária seja realizada no Brasil.

Ciro Gomes (PDT), cita o cooperativismo quando o tema é o respeito aos negros. Consta o seguinte:

“Garantia da adoção de políticas afirmativas por parte de empresas e cooperativas como pré-requisitos ou agregação de pontos de vantagem para as mesmas em processos licitatórios de concorrências públicas, financiamento, subsídios, licenças ou avais em geral; o mecanismo também deve se aplicar a empresas que contratarem jovens negros em conflito com a lei e que estejam cumprindo medidas socioeducativas;”

E por último, a Marina Silva, do partido Rede mencionando o cooperativismo como fortalecimento dos pequenos agricultores oferecendo cursos sobre gestão de cooperativas.

Quem não fala

Agora é a parte triste. Dos 13 candidatos 5 não tem o cooperativismo em nenhuma parte de suas propostas. Isso não garante que o cooperativismo não seja pautado em um eventual governo de um deles, pois o Congresso Nacional poderá enviar Leis sobre o tema.

Estes candidatos devem ser cobrados para o cooperativismo brasileiro possa ser respeitado e fomentado como ferramenta de geração de emprego e renda.

Os candidatos que não citam o cooperativismo em seus programas são: Geraldo Alckmin (PSDB), Álvaro Dias (Podemos), Cabo Daciolo (Patriota), Vera Lúcia (PSTU), João Amoedo (Novo), Jair Bolsonaro (PSL), Eymael (Democracia Cristã) e Henrique Meirelles (MDB).

 

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