Malefícios da radiação em crianças são discutidos

UNIMED CUIABÁ

 

Preocupação mundial na área de saúde, a exposição em excesso à radiação foi tema da palestra "Proteção Radiológica na Infância", que reuniu estudantes, profissionais de saúde e médicos no dia 09 de março. Realizado pela Unimed Cuiabá, o evento trouxe especialistas na área de radiologia e pediatria para discutir os riscos da radiação, principalmente, em crianças. O motivo é pelo fator acumulativo da radiação, que ao longo dos anos pode levar a consequências graves ao corpo.

O vice-presidente da Unimed Cuiabá, o pediatra Arlan de Azevedo Ferreira, destacou a adesão da Cooperativa ao programa de Radioproteção da Unimed do Brasil como um dos primeiros passos para a redução no número de raios-x entre os beneficiários. A Operadora é uma das 45 cooperativas do sistema Unimed que já assinaram o termo de adesão. O projeto-piloto abrange o Pronto Atendimento da Cooperativa, que em 2016 realizou mais de 44 mil exames, entre radiológicos, tomografia e ultrassonografia.

"Chama muita atenção, por exemplo, a quantidade de exames de raio-x de seios da face realizados em crianças de até quatro anos. É uma faixa etária que não necessita deste tipo de exame com tanta frequência. Hoje em dia, os equipamentos estão com redutores de dose, o que diminui a radiação, mas ainda assim é uma exposição desnecessária às crianças", disse.

Convidada para abordar o tema, a médica radiologista da Universidade de São Paulo (USP), Mônica Bernardo apresentou dados de sua pesquisa científica, que serviu de base para a criação do Programa de Radioproteção da Unimed do Brasil. Entre os pontos citados, o aumento significativo de exames de raios-x não só no Brasil, como em todo o mundo, e o tempo de permanência da radiação no organismo com um simples exame.

"A radiação possui efeitos diversos em cada organismo, mas de fato, ela afeta a todos nós com uma mínima exposição. O corpo humano é bombardeado diariamente por radiação natural que não é percebida ou contabilizada e que tem também efeito acumulativo. Uma tomografia de crânio gera radiação por oito meses ou mais, já uma abdominal, passa dos 20 meses. Isto com um único exame. Neste sentido, parabenizo a Unimed Cuiabá não só pela iniciativa de discutir o assunto, como de levar para sua estrutura equipamentos modernos e com redutores".

Além da radiologista, o evento contou com a palestra do pneumologista e professor da Universidade Federal do Rio de Janeiro (UFRJ) Clemax Couto Sant'Anna, que tratou sobre "Infecções respiratórias na infância: aspectos diagnósticos". Entre os representantes das especialidades envolvidas, o presidente da Sociedade Mato-grossense de Pediatria (SOMAPE), Rubem Couto e o presidente da Sociedade de Radiologia de Mato Grosso, Roberto Freitas.

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