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OCB debate diversificação e sustentabilidade das matérias-primas do biodiesel
A reunião aconteceu na quarta-feira 19, em Brasília, onde o Ministério da Agricultura, Pecuária e Abastecimento (MAPA) está coordenando os estudos das potencialidades agrícolas regionais e fortalecimento da pesquisa para aumentar a utilização de palmáceas consideradas estratégicas, como o inajá, macaúba, tucumã, além do pinhão-manso, desenvolvidas pela Empresa de Pesquisa Agropecuária (Embrapa). O objetivo é a diversificação de óleos vegetais para a produção do biodiesel.
O conselheiro do setor agropecuário da Organização das Cooperativas de Mato Grosso, João Luiz Ribas Pessa, representante das cooperativas brasileiras (OCB) na Câmara Setorial de Oleaginosas e Biodiesel sugeriu que sejam mostrados os ganhos para o meio ambiente com a utilização do biodiesel em vez do diesel.
Ele destacou, porém que todas as pesquisas foram feitas excluindo o Centro- Oeste e principalmente Mato Grosso do processo, sendo o Estado onde a utilização do biodiesel é mais viável, pois a matéria prima é a mais barata e o custo do óleo diesel o mais caro, sugerindo nova pesquisa. “Em nível de frota própria, já fizemos testes com B50 (50% diesel e 50% óleo vegetal processado) com excelentes resultados” disse Pessa.
Observou que, bem maior do que o problema do biodiesel o Cento- Oeste sofre como região de longe maior produtora agrícola do país, em trazer todos os insumos para o plantio e depois ter que levar todos os produtos produzidos aos mercados consumidores, que a utilização do biodiesel em Mato Grosso, principalmente, não só é viável como necessária.
Afinal muitos benefícios trarão as culturas renováveis e a produção de biodiesel ao controle do aquecimento global. Pontuou que a diversificação, tem que ser vista sob a ótica econômica, tanto é que o biodiesel em Mato Grosso viabilizou o esmagamento do caroço de algodão e permitiu também um maior esmagamento da soja, evitando que o produto in natura saísse do Estado. “Estamos pensando em estudar usinas de produção de álcool a partir do milho, tendo em vista a necessidade de produzi-lo por causa da rotação de cultura e estamos também pesquisando o girassol para ser produzido após o plantio de soja, como safrinha”, ressaltou.
OCB sugeriu também que o MAPA passe a fazer parte junto com a ANP na composição dos preços dos leilões. A razão é que a matéria-prima é da agricultura e pecuária, e o preço do leilão impacta no valor que o produtor receberá. Sugeriu que seja estudada uma forma de garantir o preço mínimo para o produtor da matéria-prima quando o produto for comprado para ser utilizado na produção de biodiesel.
OCB entende que, assim como há um corte na primeira parte do leilão excluindo os lotes com preço acima de 130% do volume ofertado, que haja também um corte excluindo os preços muito baixos, evitando assim a possibilidade de Dumping.