Propostas do Cooperativismo aos candidatos

A Organização das Cooperativas Brasileiras de Mato Grosso entregou aos candidatos que disputam as eleições em 2018, um documento com uma série de demandas do cooperativismo mato-grossenses e um retrato do sistema, no desenvolvimento do estado.
A intenção do Sistema OCB/MT é ratificar o compromisso do movimento cooperativista com o país, como aliado de governos comprometidos com um Brasil mais forte, de melhores oportunidades para todos. Mas o Sistema acredita, que para isso aconteça, é preciso do apoio dos governantes.
O movimento cooperativo pode contribuir de forma crescente para Mato Grosso e para o Brasil. Este documento é produto do diálogo com os representantes dos ramos, que junto aos cooperados de seu setor, trazem a seu conhecimento as principais propostas para o cooperativismo, divididas por ramo de atividade econômica, considerando nossos desafios e oportunidades.
Entre as propostas estão a necessidade do reconhecimento da importância econômica e social do cooperativismo, como o de obter o reconhecimento do adequado tratamento tributário ao Ato cooperativo e simplificação da carga tributária; operacionalização de Contas Públicas; modernização da lei geral das cooperativas – Lei nº 5.764/1971; segurança jurídica e regulatória para o cooperativismo; eficiência do Estado e gestão pública; entre outros.
O documento entregue aos candidatos, ressalta ainda os diferenciais do empreendimento cooperativo, que é a participação econômica dos membros, que está diretamente ligada ao que propõe o cooperativismo: pessoas que se unem com o mesmo propósito, de se fortalecer economicamente, para ganhar maior poder de escala e, consequentemente, mais espaço no mercado, resultando em maior renda e melhor qualidade de vida para os cooperados, colaboradores e familiares, beneficiando, também, a comunidade.
O presidente do Sistema OCB/MT, Onofre Cezário de Souza Filho, ponderou que “é necessário que os nossos próximos representantes eleitos tenham uma sensibilidade maior sobre o que é o cooperativismo, e sua natureza. Acreditamos que se os políticos entenderem melhor esse sistema, as demandas das cooperativas, de todos os segmentos, serão melhores entendidas”.
Onofre Cezário ainda ressalta que “esse entendimento tem que ser feito através de um esforço bilateral, onde de um lado nós queremos mostrar nossas necessidades e eles, os políticos, ouçam e nos repassem como esse processo acontece no âmbito público. As cooperativas não são antagônicas à política, nós viemos somar para o desenvolvimento da empresa de pessoas, que é o cooperativismo. Buscamos esse equilibro e esperamos que os entes eleitos façam a parte deles.
Cooperativismo no mundo - Hoje poucos conhecem as dimensões sociais e econômicas do cooperativismo, onde é notável seu papel como agente de desenvolvimento econômico e social. Segundo dados da Aliança Cooperativa Internacional (ACI), organismo mundial de representação do setor, uma em cada seis pessoas no mundo é associada a uma cooperativa, o que faz com que o movimento tenha a perspectiva de se consolidar como o modelo empresarial que mais cresce em todo o planeta.
Cooperativismo no Brasil - As cooperativas têm demonstrado significativa importância para a inclusão social no Brasil. Se comparado ao total de habitantes no país, o número de associados a cooperativas representa 6,3% da população brasileira. Se somadas as famílias dos cooperados, estima-se que hoje o movimento agregue mais de 52 milhões de pessoas, ou 25,4% do total de brasileiros.
O movimento é representado pelo Sistema OCB, sua atuação foi determinante para a sanção da Lei 5.764/1971, que regula o setor e especifica regras para a criação de cooperativas. Já o Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo (Sescoop) foi criado em 1999, com a finalidade de integrar o setor cooperativista brasileiro e auxiliá-lo a vencer desafios relacionados com a educação cooperativista. O I.COOP foi instituído com o desafio de promover o conhecimento especializado, e promover o desenvolvimento da cultura da cooperação, fortalecendo, portanto, esse movimento diferenciado que é o cooperativismo.
O alcance do movimento se comprova por cada uma das 6.887 cooperativas, geridas democraticamente por seus 14.267.483 cooperados junto ao apoio de 398.110 colaboradores. Tais números tornam o cooperativismo uma opção socioeconômica de destaque tanto no Brasil, quanto em Mato Grosso.
Cooperativismo em MT - Em nosso estado, 1,9 milhões de pessoas estão envolvidas com este modelo sustentável de organização econômica, correspondendo a 57,46% da nossa população. Dos 141 municípios em Mato Grosso, em 113 há uma sede ou filial de cooperativa, representando 80% do total. Em nossa organização, estão registradas 144 cooperativas de 11 ramos do cooperativismo. São 471.854 mil cooperados e 8.584 mil empregos diretos. Refletindo nossa importância, dados de 2017 do IBGE mostram que o cooperativismo abrange 27,41% da força de trabalho ocupada no Estado.
Brasil na ACI - O cooperativismo brasileiro também é representado internacionalmente. O presidente do Sistema OCB/MT, Senhor Onofre Cezário de Souza Filho, representa a Organização das Cooperativas Brasileiras na Aliança Cooperativa Internacional (ACI), participando de seu Conselho de Administração.