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Unicred prepara emissão de letras
O sistema cooperativo de crédito Unicred prepara a sua primeira emissão de letras financeiras subordinadas. Já em aprovação no Banco Central, a emissão deve ser de R$ 50 milhões. No mês passado, o BC autorizou que as cooperativas de crédito também captassem por meio destes instrumentos, com o objetivo de garantir que essas instituições tenham acesso a capital mais barato para alavancar suas operações.
Até então, o funding das cooperativas era abastecido apenas por depósitos à vista e a prazo. "Isso vai ampliar a possibilidade de aumentar o nosso patrimônio e de termos um funding bem maior para os empréstimos no médio e longo prazo", diz o presidente nacional da Unicred, Leo Trombk.
A expectativa da Unicred é fazer a emissão ainda este ano ou no início do próximo, tão logo o Banco Central dê o sinal verde. Trombk não deu mais detalhes sobre a operação, mas disse que já há um comprador dentro do próprio sistema cooperativo.
Além da Unicred, outros sistemas cooperativos também devem estar costurando emissões deste tipo, segundo Trombk. Isso porque a decisão do Banco Central em abrir esse mercado às cooperativas foi, na verdade, resposta a um pleito que veio da Organização das Cooperativas Brasileiras (OCB), que abrange todos os sistemas.
Além deste alívio para o funding com a emissão de letras, as cooperativas também contarão com a redução do fator de ponderação de risco das operações de crédito, outra medida anunciada pelo Banco Central em novembro. Nas operações de crédito feitas pelas cooperativas para seus cooperados, o fator de ponderação caiu de 85% para 75%.
Com essa mudança, a Unicred, por exemplo, estima que terá um adicional de R$ 500 milhões disponíveis para empréstimos no próximo ano. Segundo Trombk, a medida foi recebida com surpresa pelas cooperativas que aguardavam apenas pelo atendimento ao pleito das letras financeiras.
Atualmente, a carteira de crédito da Unicred é de R$ 4,5 bilhões e a expectativa é alcançar um crescimento entre 20% e 22% em 2015, mesmo com as condições desfavoráveis da economia.
Apesar de as cooperativas terem modelos de governança e controle bem diferentes dos bancos, elas têm mecanismos cada vez mais semelhantes a essas instituições financeiras e são vistas como uma aposta do governo para chegar em regiões onde os bancos não chegam. "Está evidente que o governo e o Banco Central estão tentando criar métodos de regulação para o sistema cooperativo de crédito crescer", afirma.
Juntamente com essas medidas, o BC também colocou em consulta pública três pontos relacionados ao cooperativismo de crédito. As consultas abrangem aprimoramentos nos modelos de auditoria e alteração na regulação dos balanços combinados, uma proposta de segmentação das cooperativas de crédito, conforme o capital, e a possibilidade de constituição de cooperativas de crédito garantido. Essas cooperativas dariam garantia para operações de crédito realizadas por micro e pequenas empresas.