Unimed Cuiabá realiza evento sobre Chikungunya
A preocupação com os casos de Chikungunya em Cuiabá foi tema de um evento que reuniu médicos cooperados da Unimed Cuiabá e demais profissionais da área da saúde pública e privada, totalizando cerca de 150 pessoas. A iniciativa contou com a parceria da Secretaria Municipal de Saúde.
O presidente da Unimed Cuiabá, Rubens Carlos de Oliveira Júnior, destacou a parceria com a Secretaria e informou a disponibilidade da Cooperativa na realização de eventos que sejam em beneficio a saúde da população. “São importantes eventos como este que promovam o aprimoramento e atualização em assuntos tão relevantes para a saúde”.
Conforme dados do Centro de Informações Estratégicas de Vigilância em Saúde (CIEVS, neste ano já foram identificados 222 novos casos de Chikungunya em Cuiabá. Desses, 110 foram confirmados. No ano passado, na comparação com o mesmo período desse ano, foram notificados 35 casos, sem nenhuma confirmação. No acumulado de 2017 foram registrados 832 casos notificados e 634 confirmações da doença
A secretaria de Saúde de Cuiabá, Elizeth Lúcia de Araújo, destacou a epidemia que vive o país para as doenças transmitidas pelo mosquito Aedes aegypti. Segundo ela é necessária a discussão ampla do assunto. “É preciso um trabalho conjunto e evitar a proliferação do mosquito e consequentemente da doença”. De acordo com o infectologista da Hospital Universitário Julio Muller (HUJM) da Universidade Federal de Mato Grosso (UFMT), Dr. Cor Jesus, há cerca de 1,8 milhão de casos da doença no mundo registradas em mais de 40 países. “Estamos vivendo uma epidemia e devemos nos preocupar com isso”.
O Dr. Thiago Rodrigues, também infectologista do HUJM e UFMT, destacou os aspectos da doença e o manejo clínico da febre Chikungunya. “Cerca de 70% das pessoas infectadas com a Chikungunya adoecem, diferentemente da Dengue, cuja doença se manifesta em 2 casos do total de 10 infectados. Quando se trata de Chikungunya se adoecem mais e morrem menos, já os casos de Dengue adoecem menos e morrem mais pessoas quando infectadas”.
O professor Vander Fernandes, do Hospital Geral Universitário da Universidade de Cuiabá (UNIC), apresentou as recomendações para o controle da artralgia que complica e da febre Chikungunya. Para o médico residente da família que participou do evento, Dr. Pedro Muffato, o tema tem grande relevância e é de extrema importância para o momento. “É a oportunidade para se aprofundar mais para um assunto relativamente novo”, acrescentaram as pediatras, Dra. Ivana Alcântara e Dra. Hea Chung Kim.
