
O Sistema OCB/MT, por meio do Sescoop/MT, realizou na quarta-feira (30 de outubro), uma palestra online sobre “Saúde Mental” com a jornalista, especialista em saúde Mariana Ferrão. O evento, transmitido via Teams e canal do YouTube da instituição, marcou o encerramento do projeto de saúde mental nas cooperativas que vem sendo realizado desde abril de 2024, com o objetivo de sensibilizar cooperados e colaboradores sobre a importância do tema não só no âmbito profissional, mas pessoal.
A coordenadora de Promoção Social do Sistema OCB/MT, Karla Silva, lembra que até há pouco tempo o principal foco das empresas em relação à saúde do trabalhador era para a prevenção de acidentes físicos, basicamente cuidar para que as pessoas não se machucassem. Hoje se sabe da importância do aspecto mental, do emocional. É preciso cuidar também da saúde mental, o que é um grande desafio, porque como frisou Mariana Ferrão, é uma doença “que não sangra”. Então, há uma certa dificuldade de identificar esses adoecimentos, daí a necessidade de sensibilização, de orientação, argumenta.
O projeto, salienta Karla, conversa com os princípios que o cooperativismo defende em especial quando trata do quinto princípio, o da educação, formação e informação, e também do interesse pela comunidade, que neste caso é o público interno, os empregados das cooperativas. As atividades que foram realizadas ao longo do projeto diagnosticaram quais eram os principais pontos a serem tratados e a realização da palestra contemplou uma série deles.
A jornalista, que também é palestrante e facilitadora de experiências e processos de desenvolvimento humano, expôs as próprias experiências como pontos de partida para a discussão de diversas questões. Costurando-as com as experiências profissionais, Mariana tratou de temas como suicídio, solidão, reações químicas em nosso cérebro, a importância do autoconhecimento e do tripé básico de se alimentar bem, dormir bem e se exercitar. Além disso, falou sobre a importância de pedir ajuda e não ter medo de expor suas limitações e o que está sentindo.
“Mariana atendeu as nossas expectativas trazendo o assunto da saúde mental de uma forma leve, descontraída. E gerando conexão com o público, quando traz o relato da própria vida a respeito da depressão, uma frase de impacto da mãe dela que é: ‘se você não quiser se ajudar, ninguém vai poder te ajudar’”, lembra Karla.
Outro ponto de destaque da palestra foi a abertura para que os participantes pudessem fazer perguntas à Mariana, com muitos questionamentos interessantes e as compartilhando suas vulnerabilidades. Apareceram questões ligadas à maternidade concomitante com o trabalho, que é um desafio da mulher atual, como tratar sobre a sobrecarga de trabalho com líderes, o sentimento de tristeza, até de luto mesmo quando se perde o emprego. “Isso mostra o quanto as pessoas estavam ali atentas e interagindo com o assunto. E o quanto aquela palestra foi enriquecedora para os nossos colaborares e colaboradoras das cooperativas”, comemora Karla.
SISTEMA OCB/MT - A Organização das Cooperativas Brasileiras de Mato Grosso – Sistema OCB/MT – é uma entidade formada por duas instituições que fazem papéis distintos e ao mesmo tempo interligados, focados no suporte às cooperativas: OCB/MT - Sindicato e Organização das Cooperativas Brasileiras de Mato Grosso; Sescoop/MT - Serviço Nacional de Aprendizagem do Cooperativismo no Estado de Mato Grosso.

O Sistema OCB/MT esteve presente, no evento de apresentação do projeto de criação da nova Unidade Mista de Pesquisa e Inovação (Umipi) na Baixada Cuiabana, realizado na última segunda-feira (21) no Auditório da Superintendência Federal de Agricultura e Pecuária, em Várzea Grande (MT). A iniciativa, do Ministério da Agricultura e Pecuária (MAPA), por meio da Empresa Brasileira de Pesquisa Agropecuária (Embrapa), tem o objetivo de impulsionar avanços tecnológicos e científicos importantes para o desenvolvimento regional, beneficiando as cooperativas, os produtores locais e a agricultura familiar.
A expectativa é que a nova unidade, a ser instalada em Nossa Senhora do Livramento (MT), em uma área onde funcionou a estação de pesquisa em piscicultura da Empaer, se torne um centro de excelência, desenvolvendo soluções inovadoras para a agricultura e pecuária na região. O projeto visa reduzir a dependência de importações de outros estados e promover o desenvolvimento sustentável local.
O diretor institucional da OCB/MT, Ricardo Balbinot, que representou a instituição no evento, enfatizou a importância do projeto para a comunidade do entorno. “Será importante para a inclusão de famílias na economia familiar da região, trazendo tecnologia para nossa Baixada Cuiabana. Ampliando também a capacidade técnica para os produtores locais, proporcionando melhoramento na qualidade do produto, maior receita ao produtor e uma estabilidade na economia da agricultura familiar de todo o estado do MT”, avaliou.
A iniciativa conversa diretamente com os princípios cooperativistas defendidos pelo Sistema OCB/MT. O projeto contempla tanto o compromisso com a educação, ao proporcionar acesso a tecnologias e conhecimentos avançados para os produtores, como o princípio da preocupação com a comunidade, ao fomentar o desenvolvimento econômico e social sustentável da região. Além disso, a colaboração entre diferentes entidades no projeto também reflete o espírito de cooperação, contribuindo para um futuro mais próspero e sustentável da agricultura regional.

O Sistema OCB/MT (Organização das Cooperativas Brasileiras em Mato Grosso) e diversas cooperativas do estado marcaram presença no workshop “Modernização do Seguro Rural no Brasil”, realizado nesta segunda-feira, 14 de outubro de 2024, em Cuiabá (MT). O evento, que discutiu as propostas do Projeto de Lei nº 2951/2024, contou com a participação ativa de representantes do cooperativismo mato-grossense, reforçando a importância do setor na discussão e implementação de políticas para o seguro rural.
"O seguro rural proporciona segurança para permanecer na atividade, especialmente no setor do agro. Isso, por sua vez, traz segurança econômica para o comércio, a indústria, a arrecadação do estado e da União”
Sediado no Cenarium Rural - Famato, o encontro reuniu representantes do agronegócio, seguradoras, financiadores, parlamentares e autoridades para debater o futuro do seguro rural no país. A presença do Sistema OCB/MT, representado pelo presidente Nelson Piccoli e as cooperativas de Mato Grosso evidenciou a preocupação do cooperativismo na busca por soluções inovadoras e sustentáveis para o setor agrícola.
No evento, estiveram presentes representantes das cooperativas Sicoob Credisul, representada pelo seu presidente Ivan Capdra; Sicredi Central Norte, com seu presidente João Carlos Spenthof; e Cressol MT, por seu presidente Ricardo André Balbinot.
O workshop foi organizado pela Confederação da Agricultura e Pecuária do Brasil (CNA), em parceria com a Federação da Agricultura e Pecuária de Mato Grosso (Famato), Frente Parlamentar da Agropecuária (FPA), Instituto Pensar Agro (IPA) e Senado Federal.
Nelson Piccoli, presidente do Sistema OCB/MT, que participou da abertura oficial, destacou a importância do evento e do Projeto de Lei. “O Sistema OCB, tanto nacional como estadual, está muito gratificado em ver grandes autoridades políticas trabalhando em algo de extrema importância para a economia do estado e não apenas para o setor produtivo. O seguro rural proporciona segurança para permanecer na atividade, especialmente no setor do agro. Isso, por sua vez, traz segurança econômica para o comércio, a indústria, a arrecadação do estado e da União”.
Piccoli também enfatizou a necessidade de regionalização dos modelos de seguro. “Precisamos encontrar uma fórmula para regionalizar o percentual do custo, tornando o seguro mais acessível aos produtores do Centro-Oeste e de Mato Grosso, considerando as diferentes realidades de risco”, alertou.

Frederico Azevedo, superintendente da OCB/MT, reforçou a importância do cooperativismo no contexto do seguro rural. “As cooperativas têm um papel fundamental na disseminação e acesso ao seguro rural, especialmente para os pequenos e médios produtores. Nossa participação neste workshop reflete o compromisso do setor cooperativista em buscar soluções que atendam às necessidades específicas dos produtores mato-grossenses, considerando as particularidades climáticas e produtivas de nossa região."
A senadora Tereza Cristina (PP/MS), autora do PL 2951/2024, ressaltou o papel fundamental das cooperativas na elaboração do projeto. “Esse projeto de lei, quando foi concebido, contou com a participação ativa da OCB. As cooperativas estiveram sempre à mesa, e fomos aprimorando o projeto inicial, entendendo que são fundamentais para o pequeno produtor ter acesso ao seguro rural”.
A parlamentar também destacou a importância do diálogo com o setor. “Discutimos muito em Brasília com a OCB e a CNA, e boa parte do que temos hoje foi resultado dessas discussões. Por exemplo, decidimos, após debate, que o seguro não seria obrigatório”, citou.
Para ela, o seguro rural é um instrumento que irá proteger o produtor de perdas inesperadas, mantendo sua capacidade financeira para honrar compromissos, sem endividamento. “Hoje é uma discussão aqui com os produtores do Mato Grosso, mas pretendemos fazer também uma discussão com os produtores do Paraná, que já são tomadores de seguro e, em sua grande maioria, são cooperados”, acrescentou.
O workshop contou com dois painéis principais. O primeiro abordou a “Importância do Seguro Rural no Brasil”, enquanto o segundo discutiu “Como deve se estruturar o mercado de Seguro Rural?”. Esses debates foram fundamentais para o aprimoramento das políticas de proteção ao produtor rural, especialmente em um cenário de crescentes eventos climáticos extremos.
A iniciativa marcou o início de um processo de aprimoramento e adequação do seguro rural às realidades regionais, com o compromisso de todas as partes envolvidas em buscar soluções que beneficiem o setor produtivo e a economia como um todo.
É inegável o impacto positivo que o cooperativismo tem na economia atual. Senão vejamos: se todas as cooperativas do planeta fossem um país, elas representariam a 8ª maior economia do mundo. E no Brasil o cenário não é muito diferente. Se elas fossem um estado, seria o quarto maior em termos econômicos, ficando atrás apenas dos gigantes São Paulo, Rio de Janeiro e Minas Gerais.
Ao estratificar um pouco mais e analisar esse impacto em Mato Grosso vemos que a história se repete, com as cooperativas representando um papel de destaque na pujança econômica demonstrada pelo estado nos últimos anos. E o melhor é que os benefícios vão muito além dos números, pois o que é produzido pelo cooperativismo representa uma melhora verdadeira na vida das pessoas.
Os números, portanto, servem para que consigamos ter uma dimensão dos benefícios que as cooperativas trazem para as comunidades em que estão inseridas. No caso de Mato Grosso, de acordo com dados do Anuário do Cooperativismo Mato-grossense 2024, um produto do Observatório do Cooperativismo de Mato Grosso, a abrangência impressiona. Ele mostra que elas estavam presentes em 134 dos 141 municípios analisados em 2023, o que representa mais de 95%.
Ao final do ano passado somavam-se 182 cooperativas registradas no Sistema OCB/MT, representando um incremento de 20% em relação ao ano anterior em todos os sete ramos. Levando-se em conta cooperativas e filiais, Mato Grosso contava com 756 pontos de atendimento aos cooperados, o que representa uma média de cinco unidades por município. A quantidade de associados também cresceu expressivamente, ultrapassando a marca de 1 milhão em 2022 e alcançando 1,45 milhão em 2023, um aumento de 23,92%, ou 39,29% da população mato-grossense.
O número de colaboradores acompanhou o crescimento com um acréscimo de 7,76% (+988 empregos) em 2023 em comparação com o ano anterior, registrando o maior nível de empregos no cooperativismo mato-grossense: 13.694 postos de trabalho.
Esses resultados se tornam ainda mais interessantes se levarmos em conta que a maior parte das cooperativas é formada por pequenos produtores, pequenos empresários que não conseguiriam se manter em atividade se não fosse por meio da cooperação. O anuário mostra que 75% das cooperativas eram constituídas por até 50 cooperados em 2023.
Além disso, trata-se de um sistema que se retroalimenta por meio da intercooperação, com 73% das cooperativas realizando negócios com outras cooperativas. E tem solidez, com 20% delas apresentando mais de 30 anos de vida. Mas que não deixa também de se renovar, pois 15% têm menos de 5 anos, ou seja, o sistema segue em franca manutenção.
Voltando um pouquinho à questão da pujança econômica, orgulha-nos ver que esse grande esforço tem dado os melhores resultados, com 47% de toda a produção de grãos do estado são oriundos das cooperativas e 55% da produção de algodão. E boa parte dos recursos obtidos circulam dentro do próprio sistema, sendo que cerca de 40% da população mato-grossense está envolvida atualmente com as cooperativas de crédito (1,41 milhão de pessoas).
Todo esse volume de cooperativas, cooperados e colaboradores teve um grande impacto na economia de Mato Grosso. Os dados consolidados de 2023 mostram que chegamos a mais de R$ 40 bilhões em faturamento bruto – o que chamamos de ingressos/receitas totais. Destes, R$ 1,4 bilhão são as sobras, que dentro do cooperativismo seria o mesmo que o lucro nas empresas.
Estes recursos retornam para os cooperados no final do exercício e, por consequência, para a sociedade. Se esse ritmo de crescimento continuar, é completamente factível que atinjamos a meta dos R$ 100 bilhões de prosperidade projetados para o ano de 2027. Ou seja, R$ 100 bilhões em faturamento bruto das cooperativas.
Cada real produzido pelo cooperativismo representa uma melhora verdadeira na vida das pessoas e também na economia. Estudos realizados pelo Sistema OCB nacional e pela Fundação Instituto de Pesquisas Econômicas (FIPE) mostram que para cada R$ 1,00 investido no cooperativismo há um incremento de R$ 1,65 em termos de produção na economia brasileira. Além disso, cada R$ 1,00 movimentado pelas cooperativas gera um acréscimo de R$ 0,06 em impostos arrecadados.
O cooperativismo é, portanto, um motor potente da economia mato-grossense e brasileira, gerando empregos e contribuindo para o desenvolvimento econômico e social.

O Sistema OCB/MT, por meio do Sescoop/MT, realizou nesta segunda-feira (30) o 16º "Encontro de Secretárias", um evento dedicado às profissionais que atuam nas cooperativas do estado de Mato Grosso. O encontro, sediado no Hotel Deville Cuiabá, das 8h às 17h, ofereceu uma programação com palestras e oficinas ministradas por especialistas reconhecidos regional e nacionalmente na área de comunicação e desenvolvimento profissional.
Esta iniciativa anual tem se consolidado como um marco importante no calendário das secretárias e assistentes administrativas do setor cooperativista. O evento não apenas proporciona capacitação técnica, mas também promove a valorização das profissionais, reconhecendo seu papel na eficiência e no sucesso das cooperativas.
A programação foi elaborada para abordar temas que impactam diretamente o cotidiano dessas profissionais, visando capacitá-las e incentivá-las a incorporar os aprendizados adquiridos em suas respectivas cooperativas, reforçando o compromisso do Sistema OCB/MT com o desenvolvimento contínuo e a excelência profissional no setor.

Entre os destaques do evento, o professor e psicólogo Genesson Honorato, especialista em inovação, apresentou a palestra "Sua atenção foi hackeada!". O tema explorou o impacto transformador das tecnologias sobre as pessoas, abordando aspectos como foco, relações interpessoais e saúde mental. Honorato enfatizou a importância de transformar indivíduos para que estes, por sua vez, possam influenciar positivamente seus ambientes pessoais e profissionais.
O palestrante expressou sua admiração pelo engajamento dos participantes. "Aqui o diferencial foi as pessoas anotando, escrevendo à mão, querendo de fato compreender e contribuindo muito genuinamente. As pessoas estavam interessadas em participar. Eu vi um coletivo de indivíduos muito interessados, e isso chamou muito a minha atenção", ressaltou.
Ana Alegre, administradora especializada em liderança e negócios, trouxe uma perspectiva inovadora com sua palestra "Logoterapia na Prática: Liderando com Propósito e sem Burnout". Como pesquisadora de logoterapia e análise existencial, Alegre combinou momentos expositivos com experiências práticas, incluindo uma pesquisa individual sobre o nível de desgaste emocional das participantes. "Por mais que os assuntos e as demandas sejam iguais, as pessoas são diferentes. Nós não podemos trata-las como máquinas. Quanto mais conseguirmos ter esse um a um, mais conseguiremos chegar naquilo que é a raiz do problema", afirmou a pesquisadora.
O impacto positivo do evento foi evidenciado pelos depoimentos das participantes. Joana Darc Azeredo, auxiliar administrativa da COABRA há 12 anos e veterana do encontro, destacou a evolução contínua proporcionada pela iniciativa. "A cada palestra que o Sistema OCB/MT proporciona, principalmente essas de hoje, eu sempre tenho uma bagagem para levar para minha cooperativa. Estou sempre aprendendo e, para mim, é muito importante essa participação".
Para Wynne Adrynn Rodrigues, secretária executiva da COPRODIA e estreante no evento, a experiência foi extremamente enriquecedora. Ela ressaltou a importância da qualificação e do networking proporcionados pelo encontro: "Eu penso que esses cursos são muito importantes. A qualificação é muito importante, nós estamos aprendendo coisas novas, tendo discussões, além do networking que eu acho super importante, é tudo muito válido".
O evento também contou com a oficina "Comunicação de Primeira", ministrada pela jornalista e escritora mato-grossense Luzimar Collares, reforçando a importância das habilidades comunicativas no ambiente corporativo.
A realização da iniciativa contou também com o apoio e colaboração da Cooperfrente, que presenteou as secretárias participantes com um porta-joias.
O encontro anual demonstra o reconhecimento do papel estratégico das secretárias e assistentes administrativas no universo cooperativista. Ao investir na capacitação e no desenvolvimento dessas profissionais, o Sistema OCB/MT não apenas fortalece as competências individuais, mas contribui para a eficiência e o crescimento sustentável do setor cooperativo em Mato Grosso.
O 16º Encontro de Secretárias reafirma a importância da formação continuada e troca de experiências entre profissionais. Iniciativas como esta são fundamentais para manter o setor cooperativista alinhado às demandas contemporâneas, promovendo a excelência no atendimento e na gestão das cooperativas mato-grossenses.

Cerca de 40 representantes de cooperativas de todo estado de Mato Grosso participaram na sexta-feira (20 de setembro) do workshop “Inclusão, Diversidade e Equidade no Cooperativismo – Uma Liderança Transformadora”, realizado no Hotel Delmond, em Cuiabá. O curso, organizado pelo Sistema OCB/MT por meio do Sescoop/MT e mediado pelo Sescoop Nacional, foi ministrado em duas etapas, com palestra no período da manhã com a facilitadora Gisele Gomes, e na parte da tarde com uma atividade lúdica comandada pelo Grupo Netas.
CEO da Parônima Ecossistema de Aprendizagem, parceira da OCB Nacional na iniciativa, Gisele Gomes explicou que o workshop tem o objetivo fazer um letramento, uma capacitação em Inclusão, Diversidade e Equidade. Além disso, visa oferecer estratégias para implantação dessa agenda nas cooperativas, com vistas aos diferentes públicos, desde empregados até cooperados.
“Não existe como servirmos uma comunidade que é diversa se nós não formos inclusivos. Então é esse o diálogo que a gente quer fazer, oferecer estratégias de visualizar essa agenda na prática nas cooperativas”, salientou, lembrando que também é oferecido um guia para auxiliar nesse trabalho. “O guia foi construído e apresentado no 15º Congresso Brasileiro de Cooperativismo (CBC). A primeira parte tem um viés educacional, de letramento, depois a outra parte é justamente como implantar essas estratégias, uma ‘mão na massa’, ações de inclusão, diversidade, equidade”, acrescentou.
A parte prática do workshop buscou promover uma experiência vivencial sobre perfis comportamentais. Coordenada pela Natália Guimarães, do Grupo Netas, a atividade buscou trabalhar o tema da diversidade de uma forma lúdica. “Falar de respeito, falar de empatia, falar de diferenças na teoria é muito lindo. Mas na hora de uma relação profissional ou social, sabemos que há muitos conflitos. Então, trazemos a diversidade sob esse viés: nós somos diferentes, agimos e pensamos diferente, e aí, como é que a gente lida com isso?”, explicou.
Isso foi trabalhado por meio do “Desafio das Torres”, que permite abordar questões como o poder da escuta ativa, do respeito e da empatia. “Basicamente, eles têm que construir torres. Algumas pessoas estão vendadas, então elas têm que ser direcionadas pelo líder. Vai ser necessário, além de uma escuta ativa genuína, escutar de acordo com o perfil daquela pessoa. A ideia é ver como lidamos com as diferenças, sob pressão do tempo, sob pressão de meta, sob pressão de entrega, que é o nosso dia a dia na vida real”, destacou.
Itinerância
Segundo Divani de Souza, analista de Desenvolvimento de Cooperativas do Sescoop Nacional, o workshop é um desdobramento tanto do compromisso com o sétimo princípio do cooperativismo, que é o interesse pela comunidade, como do 15º CBC, onde os temas diversidade e inclusão foram considerados diretrizes prioritárias. Foi enviado um ofício para as organizações estaduais, disponibilizando datas previamente acordadas com a consultora, com recursos totalmente custeados pela nacional, informou.
“Mato Grosso é o segundo a receber - o primeiro foi Mato Grosso do Sul -, mas assim que lançamos o ofício, ele logo manifestou o interesse. Mato Grosso é um grande parceiro nosso na implementação de diversas soluções do nacional e sinalizou essa data. Agora a próxima edição é Fortaleza (CE), depois Espírito Santo e Rio Grande do Sul. Em 2025 queremos continuar colocando a estratégia na rua. Não vai parar. Começamos agora!”, frisou.
Disseminação
A coordenadora de Promoção Social do Sescoop/MT, Karla Silva, recomendou aos participantes que leiam o guia de implementação de estratégias para inclusão, diversidade e equidade e procurem disseminar essas informações em suas organizações. O que pode começar pela sensibilização das pessoas e, em um segundo momento, partindo para ações mais efetivas. “É muito importante que tenhamos esse cuidado para que a gente consiga de fato fazer ações concretas e ações duradouras, ações que realmente possam transformar a cultura da nossa organização, da nossa cooperativa”, finalizou.
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A Cooperativa Agropecuária Mista Terranova Ltda. (Coopernova), situada em Terra Nova do Norte, Mato Grosso, destacou-se por ser a única cooperativa brasileira do ramo Agropecuário no Fórum Latino-Americano de Energia Cooperativa, realizado nos dias 4 e 5 de setembro no Palácio do Itamaraty, em Brasília. O evento, promovido pelo Sistema OCB em colaboração com a Confederação Alemã das Cooperativas (DGRV), reuniu representantes de cooperativas, entidades reguladoras e especialistas de países como Brasil, Alemanha, Chile, México, Colômbia e Honduras para discutir e compartilhar práticas sobre geração distribuída e transição energética.
Fórum energia distribuída
O Fórum ofereceu uma plataforma para o intercâmbio de conhecimento sobre as melhores práticas e regulamentações do setor, além de proporcionar oportunidades para representantes de cooperativas de geração distribuída, órgãos de políticas públicas e entidades de crédito explorarem novas possibilidades e fortalecerem a cooperação internacional em energia sustentável.
A Coopernova, fundada em 1987, atualmente com mais de 1.800 cooperados, tem como principal atividade a pecuária de leite, produzindo e comercializando leite e seus derivados, além de polpas de frutas e castanhas de caju. A cooperativa apresentou seu inovador projeto de instalação de usinas solares, cujo objetivo é atender a demanda de seus cooperados, com foco inicial naqueles envolvidos na atividade leiteira. A iniciativa pretende reduzir significativamente os custos com energia, especialmente para a manutenção dos resfriadores. O projeto foi planejado em etapas e, posteriormente, será expandido para incluir todos os cooperados interessados.
“Gostaria de agradecer a OCB/MT pelo convite para participar desse fórum organizado pela OCB Nacional e DGRV da Alemanha. Foi um fórum bastante significativo, porque participaram cooperativas e autoridades de seis países e mostrou que nós estamos no caminho certo. Que a energia renovável e suas diversas formas estão em pauta no momento. O que reforça nosso compromisso de fazer com que a Coopernova possa investir mais ainda nesse tipo de geração”, comentou Daniel Robson Silva, presidente da cooperativa.
O presidente reforçou a importância da participação pela oportunidade de conhecer diferentes experiências, além de poder mostrar as próprias, em uma corrente de ajuda mútua. “Foi muito bom, apesar do tempo curto das apresentações, mas acredito que conseguimos expor o nosso projeto e quem sabe até fazer com que outras cooperativas se espelhem nele projeto. E possamos também implementar algumas práticas que ainda não adotamos”, salientou.
Para Daniel, o projeto, que deve se pagar em 3 a 4 anos, irá fidelizar ainda mais o associado, porque fará com ele entenda que desta forma estamos amparando sua atividade. “Fazendo com que ele possa reduzir o custo da sua produção, nós entendemos que ele dará ainda mais importância à cooperativa, porque nenhum laticínio particular com certeza iria investir numa usina solar para que atenda o consumo de energia elétrica dos seus fornecedores de leite. Eu acredito que isso vai ser um grande diferencial”, avalizou.
Além da apresentação do projeto solar, a Coopernova participa da fase teste do software de gestão da Plataforma CYTEI, que facilita a administração e a expansão de projetos de geração distribuída. O software promete otimizar a gestão de energia e apoiar o controle de consumo das cooperativas envolvidas na geração distribuída.
O Fórum Latino-Americano de Energia Cooperativa destacou ainda as oportunidades de financiamento para projetos sustentáveis e inovadores, com ênfase na importância dessas práticas para o desenvolvimento do setor energético cooperativo. O evento promoveu uma discussão abrangente sobre o marco regulatório da energia cooperativa e as melhores práticas internacionais, fornecendo insights valiosos para o crescimento do setor.
A Coopernova é um exemplo de como as cooperativas podem liderar a transformação energética e contribuir para a sustentabilidade ambiental, alinhando-se com as tendências globais e os Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS) da ONU. Sua participação no Fórum reafirma seu compromisso com a inovação e a eficiência energética, refletindo o papel crucial das cooperativismo no avanço da transição energética no Brasil e na América Latina.